O Centro de Saúde Bela Vista, em Igapó, foi o ponto central de uma reunião, promovida pelo vereador Marcos Antônio (PSOL), na noite do dia 21, na Escola Municipal Irmã Arcângela. A reunião contou com a participação do secretário municipal de Saúde, Cipriano Maia, que ouviu atentamente as reivindicações dos moradores
A unidade encontra-se fechada desde o dia 29 de julho, após a constatação da situação precária na estrutura física do prédio, segundo informou o secretário. Mas, mesmo o atendimento à população do bairro sendo feito na Unidade de Saúde da Família Panatis desde o dia 5 de agosto, vem causando muitos transtornos aos moradores.
Outros temas, como filas, falta de profissionais na área de pediatria e demora na marcação de exames foram debatidos pelos presentes à reunião.
Um dos presentes à reunião questionou porque um bairro tão grande quanto Igapó não conseguiu ainda encontrar um local para se construir o Centro de Saúde. “Fizeram na calada da noite. Não avisaram ninguém”, reclamou, referindo-se ao fechamento da unidade.
O vereador Marcos discordou do argumento utilizado pela diretora da Unidade de Saúde da Família Panatis, que alegou a inexistência de filas, mesmo com a demanda sendo maior que a oferta. “Eu vou ter que discordar, porque a senhora se contradisse”, falou o parlamentar. “Se você tem uma demanda maior do que a oferta, não tem como deixar de ter filas. Vai ter fila sempre!”, mencionou, sendo bastante aplaudido pelos moradores presentes.
O vereador do PSOL complementou que é hábito no Brasil querer adotar sistemas sofisticados na área de saúde sem ter a estrutura necessária para atender a demanda.
Sobre o fechamento do Centro de Saúde Bela Vista, o secretário Cipriano Maia informou que a medida adotada atende à recomendação da equipe técnica de engenharia e infraestrutura da Secretaria Municipal de Saúde, diante da precária condição da estrutura física do prédio que abriga a unidade. A situação foi agravada, segundo o secretário, devido as chuvas dos últimos meses.
“O Centro de Saúde Bela Vista é a única unidade de demanda aberta do Distrito Sanitário Norte II e, portanto, de grande importância estratégica para funcionalidade da rede municipal de saúde. Junto com a Unidade Saúde da Família Igapó, cobre uma área com 28 mil pessoas”, mencionou Cipriano Maia.
Ele reconheceu que as mudanças causam transtornos nas rotinas dos usuários, mas acredita que trabalha para, em curto prazo, poder ofertar serviços de mais qualidade e em edificações que não atentem contra a segurança da população e dos profissionais.
Já Marcos Antônio sugeriu a formação de uma comissão de cinco pessoas para procurar um imóvel que sirva para funcionar as novas instalações do Centro de Saúde Bela Vista, em Igapó, para suprir de imediato os problemas expostos na reunião, caso um prédio da Unimed não possa ser alugado.
E também inseriu no final da reunião a questão da AME (Ambulatório Médico Especializado), que funcionava no antigo Centro de Saúde, na Rua São Tiago, em Igapó, mas que está fechado desde 30 de abril de 2011. “Um outro encaminhamento é que a AME volte a ser a AME”, finalizou Marcos Antônio.
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